quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Fungos Decompositores

Fungos são os principais decompositores da natureza, quebrando os produtos orgânicos e reciclando carbono, nitrogênio e outros compostos do solo e do ar. Fungos são organismos não fotossintetizantes que crescem rapidamente e, caracteristicamente, formam filamentos chamados hifas, as quais podem ser septadas ou asseptadas. Na maioria dos fungos as hifas são grandemente ramificadas, formando um micélio. Fungos parasitas geralmente têm hifa especializada (haustório) por intermédio da qual extraem carbono orgânico das células vivas de outros organismos.

Os fungos, em sua maioria terrestres, reproduzem-se por meio de esporos, os quais usualmente têm dispersão pelo vento. Células móveis não são formadas em nenhum estágio de seu ciclo de vida. O glicogênio é o polissacarídeo primário de reserva. O componente principal da parede dos fungos é a quitina.

A maioria dos fungos é sapróbia, isto é, eles vivem na matéria orgânica em decomposição. Muitos fungos são economicamente importantes para o homem como destruidores de alimentos estocados e outros materiais orgânicos. O reino também inclui as leveduras, Penicillium e outros produtores de antibióticos, fermentadores de queijos e cogumelos comestíveis.

Fonte:http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/artigos/fungos_-_decompositores_da_natureza.html

Funfos na Produção de Pão e Queijo


Hieróglifos egípcios sugerem que há mais de 5000 anos que a levedura é utilizada em procesos fermentativos, quer na produção de pão, quer na de bebidas alcoólicas. Curiosamente, só em 1857 Louis Pasteur provou que a fermentação resulta da acção de organismos vivos.

As leveduras (pertencentes ao grupo dos fungos) são organismos eucarióticos unicelulares que existem no solo, ar, plantas, frutos e alimentos. A espécie mais comum é a Saccharomyces cerevisae, conhecida vulgarmente como levedura de padeiro ou da cerveja. São conhecidas pelo seu papel milenar na produção de pão, vinho e cerveja, devido à sua capacidade de produzir álcool (principalmente o etanol, presente em bebidas fermentadas) e dióxido de carbono (que permite a expansão da massa do pão) a partir de açúcares.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fungos venenosos

Amanita Muscaria

É um cogumelo com cerca de vinte centímetros de altura. Têm uma coloração vermelha, amarela ou branca. Este fungo possui ácidos ibotêmico e muscimol. É encontrado principalmente em florestas de bétulas no hemisfério norte.
Os seus efeitos variam com a percepção e tolerância apresentada por cada indivíduo, e aparecem rapidamente possuindo três fases:
· Excitação agradável e extremo aumento da força e agilidade;
· Alucinações;
· Delírios seguidos de sono profundo.


Os fungos (Fungi) são um vasto grupo de organismos classificados como um reino denominado Fungi, pertencente ao Domínio Eukaryota. Estão incluídos neste grupo organismos de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas também muitas formas microscópicas, como bolores e leveduras. Foram já descritas umas 70.000 espécies, mas talvez existam até 1,5 milhões de espécies, sendo que a maioria ainda está a ser identificada e descrita pelos micologistas (Hawksworth, 1991; Hawksworth et al., 1995). O Reino Fungi sofreu mudanças substanciais no arranjo dos vários filos nas últimas décadas, especialmente a partir do momento em que técnicas para comparar características bioquímicas (tais como RNA ribossômico e DNA) se foram tornando mais sofisticadas. A filogenia apresentada aqui segue a de Bruns et al. (1991, 1993) para os Eumycota (fungos verdadeiros) e reconhece quatro divisões: os Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota.

Os fungos ocorrem em todos os ambientes do planeta e incluem importantes decompositores e parasitas. Fungos parasitas infectam animais, incluindo humanos, outros mamíferos, pássaros e insectos, com resultados variando de uma suave comichão à morte. Outros fungos parasitas infectam plantas, causando doenças como o apodrecimento de troncos e aumentando o risco de queda das árvores. A grande maioria das plantas vasculares têm associações simbióticas com fungos, a nível da raiz, ao que se dá o nome de micorrizas. Esta associação ajuda as raízes na absorção de água e nutrientes.

Tipos de Cogumelos Comestiveis

Desde a Antigüidade, os cogumelos vêm sendo consumidos pelos povos orientais devido às suas propriedades medicinais e nutricionais, e ao longo dos anos tem-se observado um aumento gradativo no consumo. No entanto, ainda há dúvidas quanto aos benefícios ou prejuízos à saúde, decorrentes do uso destes cogumelos pelas populações humanas. De aproximadamente 10.000 espécies de cogumelos conhecidos, cerca de 700 são comestíveis e mais de 200 têm valor medicinal, embora uma pequena parcela desses cogumelos seja própria para consumo (CHANG, 1996).

Para que um produto seja recomendável como alimento e/ou medicamento, suas propriedades biológicas devem ser bem conhecidas. Entre os testes recomendados pelo Us Food and Drug Administration (FDA), destacam-se os relacionados às atividades mutagênicas e antimutagênicas (FDA, 2001).

Dependendo do material genético que o agente mutagênico atinge, as manifestações das mutações serão diferentes, podendo até ter efeitos deletérios. Podem causar tumores benignos ou malignos; a morte celular, que pode causar envelhecimento precoce; más formações e abortos durante o desenvolvimento embrionário, alterações genéticas transmissíveis, levando a desordens genéticas, fertilidade reduzida e síndromes fetais. (RABELLO-GAY, 1991).

Cogumelos comestíveis mais conhecidos:


Champignon de Paris: Os champignons de Paris (Agaricus bisporus) são os primeiros cogumelos a serem cultivados no Brasil, e por isso é o mais conhecido e consumido.


Shiitake: Lentinula edodes, é o segundo cogumelo comestível mais produzido no mundo, estando atrás somente do Champignon - Agaricus bisporus (CHANG, 1996).


Agaricus Blazei: o Cogumelo Agaricus Blazei é um alimento originário da Mata Atlântica brasileira, e tem sido alvo de pesquisas científicas em todo mundo, devido a sua grande quantidade de nutrientes. Conhecido popularmente como cogumelo-do-sol.



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Fungos na Produção de Remédios

Foi do ascomiceto Penicillium chrysogenum que se extraiu originalmente a penicilina, um dos primeiros antibióticos a ser empregado com sucesso no combate a infecções causadas por bactérias.

Certos fungos produzem toxinas poderosas, que vêm sendo objeto da pesquisa farmacêutica. Muitos fungos produzem substâncias denominadas ciclopeptídios, capazes de inibir a síntese de RNA mensageiro nas células animais. Basta a ingestão de um único corpo de frutificação (cogumelo) do basidiomiceto Amanita phalloides, por exemplo, para causar a morte de uma pessoa. Um fungo muito estudado do ponto de vista farmacêutico foi o ascomiceto Claviceps purpurea, popularmente conhecido como ergotina. Foi dele que se extraiu originalmente o ácido lisérgico, ou LSD, substância alucinógena que ficou famosa na década de 1970.

A ergotina cresce sobre grãos de cereal, principalmente centeio e trigo. Cereais contaminados por ergotina causaram, no passado, intoxicações em massa, com muitas mortes. Desde o século XVI as parteiras já conheciam uma propriedade farmacêutica da ergotina: se ingerida em pequenas quantidades, acelera as contrações uterinas durante o parto.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Fungos na produção de bebidas

Ainda se referindo à bebidas, os vinhos e espumantes são outras obras gastronômicas produzidas por fungos. Produzir vinhos ainda é visto como arte em algumas partes da França, como Bordeaux e Burgundy. Mas para se produzir os melhores, apenas algumas variações da Vitis vinifera são utilizadas. Além disso, o clima e o tipo de solo são características determinantes na qualidade do vinho. Mas o aspecto que nos interessa mais são os fungos empregados na sua produção. Novamente a Saccharomyces cerevisiae é o protagonista, porém geralmente se utiliza sua variação ellipsoideus. O estágio fermentativo crucial dos vinhos foi elucidado para a ciência através do cientista francês Louis Pasteur, através do seu clássico artigo ‘Études sur le vin’, publicado em 1866. A França é o principal produtor (não só levando em conta a quantidade produzida, mas também, a qualidade de seus vinhos), porém podemos mencionar também a África do Sul, Austrália, Argentina, Alemanha, Chile e Hungria.
Bebidas mais fortes, como o whisky também possuem fermentação realizada por leveduras. O Scotch Whisky, um dos mais consumidos, é produzido a partir da fermentação da cevada, porém outros grãos possam ser utilizados, como o milho no caso do Bourbon Whisky.

Fonte:

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Projeto Copa 2010
Pesquisa sobre Reservas Ambientais de alguns países que participaram desta competição.

Fauna e flora da África do Sul

A flora da África do Sul varia de acordo com o nível precipitações. A costa oriental, onde as chuvas são mais abundante, é caraterizada por uma vegetação tropical, enquanto sobre o litoral meridional dominam as coníferas, os louros do Cabo e os encantos. O Highveld, quase inteiramente déboisé, é coberto de pastos. No Transvaal, a vegetação da bandeja aparenta-se mais à savane, o oeste coberto de uma vegetação típica das zonas áridas.
A fauna sul-americana comporta numerosos mamíferos, incluindo o leão, a zebra, o leopardo, o macaco, o babuino, hipopotamo e o antílope. Hoje, a maior parte entre eles encontra-se unicamente nas reservas naturais, sendo um dos seus mais notáveis o parque nacional Kruger, jouxtant a fronteira do Moçambique. As águas frias do litoral sul-americano são muito poissonneuses.O subsolo constitui a principal riqueza da África do Sul, que possui mais importantes as reservas mundiais de platina, de cromo, de manganês e deberto em 1886.A África do Sul fornece o terço da produção mundial de ouro. O urânio é extraído igualmente no Witwatersrand. Importantes jazigos de carvão são explorados ao Transvaal e Natal. A África do Sul é o quinto produtor de diamantes, do qual a maior parte provem da região de Kimberley. O subsolo sul-americano é também rico cobre, níquel, amianto, cromo, flúor, fosfatos, em vanádio, estanho, titânio e minério de ferro; em contrapartida, falta de reservas de hidrocarbonetos.Os constrangimentos do meio natural são vinculados essencialmente à falta de água e o relevo. Com efeito, as precipitações são raras e sobretudo irregulares causando períodos de seca. Além disso, o relevo, marcado por fortes inclinações, e a altitude provocam uma redução da percentagem das terras cultiváveis.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Fauna e Flora na Coréia do Norte


Existe uma variada e rica fauna graças às especiais condições climáticas da Península Coreana, com mais de 210 famílias com 3.347 espécies.

A península está dividida em três regiões botânicas: a região norte caracterizada pela abundante flora alpina com abetos, pinhos, robles, hayas, cedros e abedules. Na região central abundam os pinhos e plantas de folhas caducas como hayas, robles e castanhos, fresnos, sauces, tilos, bananas e rododentros. Na região do sul existe uma variedade de camélias, azaléias e gincos. Também há abundância de brejos e plantas medicinais como o famoso ginseg.

A fauna do país está representada pelo urso preto, ratos campestres mandarines, pássaros carpinteiros, veados e uma grande variedade de faisões. Existem perto de 379 espécies de aves (das que 226 são migratórias), 130 de peixes, 14 de anfibios e 25 de répteis. O animal mais representativo é o tigre, apesar de já não existir na realidade, permanece em inumeráveis lendas e mitos. Outro animal importante é o cão de Chindo, original da ilha de Chindo, ao sudeste da Coréia.



terça-feira, 3 de agosto de 2010

Reserva Natural na Espanha


O Parque Nacional do Teide é um parque espanhol localizado nas Ilhas Canárias onde tem um vulcão aparentemente adormecido (aparentemente). Por isso, ele é bastante perigoso, já que a qualquer hora ele pode entrar em uma erupção violenta que resultaria na morte de qualquer pessoa a um raio de 420 quilômetros. Ele é um patrimônio mundial, e não atrai muitos turistas.


Diferente dos outros patrimônios, ele não atrai turistas porque é apenas uma ruína velha, mas sim porque ninguém é idiota a ponto de visitar um vulcão (com algumas exceções, entre elas suicidas e malucos). Ainda mais um vulcão gigante. O Teide (apelido do negócio), além de vulcão, ele é uma das montanhas mais altas da Europa, o qe indica que suas erupções são muito destrutivas (algo em torno de 3 RhK).
O território do parque nacional surgiu quando uma grande quantidade de magma ou lava submetido a alta pressão atravessou a crosta terrestre e expeliu um jato de fogo no meio do oceano. A água do mar resfriou o jato de magma, que se solidificou e se transformou em uma das Ilhas Canárias. Como uma espécie de cicatriz de nascimento, a ilha tem um pico com um buraco no meio, mais conhecido como vulcão.

Os dias por lá eram normais, menos quando havia uma erupção vulcânica. Porém, depois que os humanos descobriram o lugar, muitos emos, malucos e seres insanos em geral passaram a visitar o parque para morrer em alguma erupção. Com exceção dos emos e malucos, o governo espanhol queria evitar mortes. Para isso, ele cria um parque nacional em volta do vulcão, proibindo quase qualquer pessoa de entrar na área demarcada, com risco de morte.

A UNESCO, para proteger ainda mais a área do parque contra o acesso de pessoas que não sabem do perigo, o transforma em patrimônio mundial. A desculpa dos caras para a criação do parque é que ele abriga uma grande variedade de espécies animais e vegetais raros. Mas é impossível um ser vivo sobreviver na região por muito tempo, já que a qualquer hora ocorre uma erupção vulcânica que mata todo mundo.

Reservas Ambientais em Portugal


Parque nacional
Refere-se a uma área pouco alterada pelo homem, com ecossistemas pouco alterados pelo homem, amostras de regiões naturais características, paisagens naturais ou humanizadas, locais geomorfológicos ou habitats de espécies com interesse ecológico, científico e educacional.
É equivalente ao nível II (National Park) da classificação da IUCN, que a define como sendo uma área terrestre e/ou marinha designada para: proteger a integridade ecológica de um ou mais ecossistemas, para a presente e futuras gerações; excluir a exploração ou ocupação contrárias aos propósitos que levaram ao estabelecimento da área; providenciar fundações para oportunidades espirituais, científicas, educacionais, recreativas e de visitação, todas elas ambiental e culturalmente compatíveis.
Existe apenas um parque nacional em Portugal, o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Parque natural
Área que se caracteriza por conter paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de interesse nacional, sendo exemplo de integração harmoniosa da actividade humana e da Natureza, e que apresenta amostras de um bioma ou região natural.
Em Portugal existem 14 Parques Naturais:
Montesinho
Douro Internacional
Litoral Norte
Alvão
Serra da Estrela
Tejo Internacional
Serras de Aire e Candeeiros
Serra de São Mamede
Sintra-Cascais
Arrábida
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
Vale do Guadiana
Ria Formosa
Reserva natural


Reserva Natural das Berlengas
Área destinada à protecção de habitats da flora e fauna.
Dunas de São Jacinto
Reserva Natural das Ilhas Desertas
Serra da Malcata
Paul de Arzila
Berlengas
Paul do Boquilobo
Estuário do Tejo
Estuário do Sado
Lagoas de Santo André e de Sancha
Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António
Monumento natural
Ocorrência natural contendo um ou mais aspectos que, pela sua singularidade, raridade ou representatividade em termos ecológicos, estéticos, científicos e culturais exigem a sua conservação e a manutenção da sua integridade.
Ourém / Torres Novas
Carenque
Pedreira do Avelino
Pedra da Mua
Lagosteiros (os dois últimos integrados no Parque Natural da Arrábida)
Área com paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de interesse regional ou local, resultantes da interacção harmoniosa do homem e da Natureza que evidencia grande valor estético ou natural.
Serra do Açor
Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica
Corno do Bico
Serra de Montejunto
Lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos
Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo
Paisagem Protegida Regional do Litoral de Vila do Conde e Reserva Ornitológica de Mindelo

Reservas Ambientais na Costa do Marfim


As comunidades da selva marfinense de Tanoe trabalham para obter o status de Reserva Natural Voluntária, a primeira neste país da África ocidental.

Autoridades mantêm uma série de reuniões com chefes de aldeias locais, profissionais e outros envolvidos a fim de estabelecer os passos a seguir para obter a autogestão. Ecologistas e ativistas desta localidade frearam a instalação de uma grande empresa agroindustrial na selva pantanosa de Tanoe,de grande diversidade biológica.

No começo dos trabalhos de limpeza para plantar palma surgiu a voz de alarme. Ativistas de diferentes partes do mundo uniram-se à população local, incluindo profissionais que mandaram várias cartas de protesto às autoridades da Costa do Marfim. “O projeto pode levar ao desaparecimento de várias espécies de animais e plantas típicas da selva de Tanoe”, disse Inza Koné, coordenador do programa de Pesquisa e Ação para Salvaguardar os Primatas da Costa do Marfim (Rasap-CI), do Centro Suíço de Pesquisas Cientificas na Costa do Marfim.

A selva fica entre a lagoa Ehy e o rio Tanoe, fronteira natural entre este país e Gana. Três espécies de primatas da África ocidental ameaçadas se encontram na selva de Tanoe: colobo bayo de Miss Waldron, o cercopiteco diana roloway e o mangabey cinza. Também integram uma lista mundial de 25 simios em risco de extinção, explicou Koné. A selva também abriga 179 espécies de pássaros, e cerca de 60 delas exigem proteção, e 279 de plantas, incluídas 33 que preocupam os conservacionistas, segundo o Rasap-CI.

“Nos surpreendeu o início de um projeto que destruiria a selva sem que fosse feito um estudo de impacto ambiental e social porque as leis da Costa do Marfim são muito claras a respeito”, disse Koné, que liderou a oposição ao projeto de palma para produzir óleo. No final de 2007, soube-se que a Palmeraies de Cote d Ivoire (Palm-CI), uma grande companhia marfinesa de palma e associada ao Grupo Unilever, levaria adiante um projeto agroindustrial de US$ 40 milhões na selva numa área de mais de seis mil hectares.

A empresa prometeu criar mil postos de trabalho no setor agrícola e 300 no industrial. Mas o projeto foi rejeitado por unanimidade por ecologistas e comunidades locais. As autoridades haviam determinado em abril do ano passado que a selva de Tanoe é uma reserva natural, disse um funcionário do Ministério de Conservação que pediu para não ser identificado. O governo se opôs ao projeto, mas, diante dos investimentos tentaram forjar um acordo com as autoridades de Adiaké, distrito onde fica a selva de Tanoe. “Nunca poderemos compensar a perda da selva. O custo do prejuízo será mil vezes superior aos benefícios do empreendimento”, explicou Koné. Rasap-CI não se opõe ao desenvolvimento econômico, mas pretende conservar a natureza, afirmou.

Além das espécies que abriga, é o último território intacto na zona sudeste deste país e é importante para conter a mudança climática. “O fato de a selva ficar em um terreno alagadiço lhe dá o dobro de importância, pois permite fixar o dióxido de carbono, o que freia o aquecimento global e atenua as consequências da redução de chuvas e conseqüente diminuição na produção dos pequenos agricultores locais”, disse Koné.

“É um símbolo para nós e estamos felizes por contribuirmos para sua proteção”, disse Patrice Abwa, pescador de 45 anos da aldeia de Kadjakro. “Também há lugares onde pescar. A selva tem uma enormidade de recursos graças à sua preservação. Os incentivos financeiros dos investidores eram significativos, mas mudamos de opinião ao conhecermos os detalhes dos benefícios obtidos pela preservação da selva e diante da possibilidade de conflitos pela propriedade e pelo uso da terra”, acrescentou Abwa.

O produtor de palma Mathieu Yao, de 48 anos, concorda com o pescador. “Nossa oposição ao projeto obedeceu ao nosso próprio interesse. Dependemos da agricultura de pequena escala e da pesca e todos estamos conscientes de que a produção deve ajudar a manter a selva. Optamos por defendê-la”. Segundo Yao, “perdemos do ponto de vista econômico, mas ganhamos ecologicamente. Os moradores da região compreenderam o valor da selva e creio que seu interesse em protegê-la não se desfez”.

À espera de receber o status de Reserva Natural Voluntária são realizadas diversas atividades de capacitação, prospecção antropológica, sócio-econômicas e biológicas, atividades de sensibilização e iniciativas de apoio ao desenvolvimento das comunidades locais.